- Escuta, eu posso lhe dar um conselho? pois bem, eu acho que posso. Eu sei que você sofre, que você se apaixona, que dias ama, outros odeia, sei também que em silêncio nesse momento tu estas a gritar o nome dela, e quem sabe faça escorrer dos olhos uma lágrima, ah você faz cada coisa, tem tanto poder sobre a gente.Sobre mim, sobre ela, sobre nós. Mas você esta se partindo certo? eu sei, eu sinto.
Olha, eu vou lhe dar aquele conselho agora, eu preciso de você e você de mim, então por favor, por favor, não vamos nos deixar vencer aqui, combinado? você não pode parar, entende? e eu preciso viver e para isso eu preciso que você esteja bem e que esteja forte e que não se parta novamente, estamos certos? coração.
Leitores, seguidores.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
Um novo diário.
Talvez eu esteja enlouquecendo, gosto dessa loucura meia lúcida. É feriado são 10:52, estou sentado no centro da cidade, observando as pessoas. Um cigarro, um copo de café, este pequeno caderno e essa caneta com que escrevo a vocês me fazem companhia.
Sempre que sento aqui, acabo por encontrar algum " amigo ", hoje será diferente, é feriado e as pessoas dormem até a hora do almoço, outras até a hora do café da tarde e outras mais, ainda estão acordadas e só dormirão quando a euforia do álcool e das drogas que usaram na noite anterior forem embora.
Olho a direita, um casal com seu filho esta sentado a poucos metros daqui, ele uns quarenta e cinco, ela uns trinta, a criança no colo dela, sorri o tempo todo, deve estar na faixa dos sete.
A direita duas moças olham em minha direção, sem parar, devem estar pensando " O que aquele louco esta escrevendo? ". Estão tomando chimarrão, são jovens e bonitas, cheias de vida, vejo alegria nos olhos de ambas. O café esta esfriando, obeservo tanto que até esqueço dele, acendo outro cigarro e é o último que tenho, talvez compre outro maço ainda hoje. Aceso, sinto um pouco de minha vida ir embora junto com a fumaça.
O casal da esquerda esta sorrindo agora, digo o casal, porque apenas ele e ela sorriem, a criança ja não sorri, eu não sei o motivo. Se sorrisse eu diria " a familía".
Em minha frente, agora, passam lentamente um casal de velhinhos, mãos dadas, caminhando devagar, acho tão bonito mas não sei se chegarei a idade deles.
Talvez essa loucura meia lúcida que citei lá no começo desse amontoado de palavras, me leve com ela quando for embora, se for embora. Antes de eu chegar aos trinta ou até mesmo aos vinte e um que faço daqui a exatamente cinquenta e três dias, penso por alguns segundos. Interrogação.
O que são cinquenta e três dias ? para quem viveu duas décadas?
não sei, não tenho todas as respostas, apenas pequena parte delas, as que mais preciso eu ainda não encontrei. São 11:18, vou embora, aquela familía já o fez. As moças da esquerda continuam lá.
Vejo novos rostos a todo o momento, tem um pouco de mim em cada um deles, mas íncrivel, não vejo a loucura meia lúcida em nenhum. Talvez porque a única pessoa quase louca no centro da cidade, escrevendo nessa manhã fria de dezessete de maio, seja eu.
Sempre que sento aqui, acabo por encontrar algum " amigo ", hoje será diferente, é feriado e as pessoas dormem até a hora do almoço, outras até a hora do café da tarde e outras mais, ainda estão acordadas e só dormirão quando a euforia do álcool e das drogas que usaram na noite anterior forem embora.
Olho a direita, um casal com seu filho esta sentado a poucos metros daqui, ele uns quarenta e cinco, ela uns trinta, a criança no colo dela, sorri o tempo todo, deve estar na faixa dos sete.
A direita duas moças olham em minha direção, sem parar, devem estar pensando " O que aquele louco esta escrevendo? ". Estão tomando chimarrão, são jovens e bonitas, cheias de vida, vejo alegria nos olhos de ambas. O café esta esfriando, obeservo tanto que até esqueço dele, acendo outro cigarro e é o último que tenho, talvez compre outro maço ainda hoje. Aceso, sinto um pouco de minha vida ir embora junto com a fumaça.
O casal da esquerda esta sorrindo agora, digo o casal, porque apenas ele e ela sorriem, a criança ja não sorri, eu não sei o motivo. Se sorrisse eu diria " a familía".
Em minha frente, agora, passam lentamente um casal de velhinhos, mãos dadas, caminhando devagar, acho tão bonito mas não sei se chegarei a idade deles.
Talvez essa loucura meia lúcida que citei lá no começo desse amontoado de palavras, me leve com ela quando for embora, se for embora. Antes de eu chegar aos trinta ou até mesmo aos vinte e um que faço daqui a exatamente cinquenta e três dias, penso por alguns segundos. Interrogação.
O que são cinquenta e três dias ? para quem viveu duas décadas?
não sei, não tenho todas as respostas, apenas pequena parte delas, as que mais preciso eu ainda não encontrei. São 11:18, vou embora, aquela familía já o fez. As moças da esquerda continuam lá.
Vejo novos rostos a todo o momento, tem um pouco de mim em cada um deles, mas íncrivel, não vejo a loucura meia lúcida em nenhum. Talvez porque a única pessoa quase louca no centro da cidade, escrevendo nessa manhã fria de dezessete de maio, seja eu.
domingo, 1 de maio de 2011
A menina da minha escola.
- Esses dias tem passado tão iguais,tão sem graça,cinza.Da escola pra casa, da casa pra escola, não sou como os outros, não quero ir ao campo de futebol a duas quadras daqui jogar bola como todos os meninos,gosto de desenhar,hoje mesmo criei o desenho do uniforme da minha escola,mais dois desenhos foram escolhidos, talvez juntem os três e façam um só, assim agradam todo mundo, a coordenadora elogia meus desenhos, ela também é a professora de português, diz que eu escrevo "torto" e diz pra eu parar de sair da linha, sempre acho que tem um triplo sentido nesse "sair da linha".
E se tiver eu digo,não saio,não caminho sobre linhas,meu caminho faço eu. O sinal para entrada toca as 13:30, sempre chego as 12:50 e fico tentando desenhar o prédio, mas sempre acabo fazendo uma bola de papel e jogando no lixo. Lixo palavra que tenho usado muito, palavra que defino momentos da vida e algumas pessoas.Tem uma menina na 8° série que chama muito a minha atenção, esta sempre falando ao celular,eu não tenho um, sabe que esses dias sai para o recreio com um papel e uma caneta nas mãos? ia pedir o número do celular dela, acho que gosto dessa menina,mas nem o nome dela eu sei, não posso perguntar aos outros colegas, pois eu seria motivo de piada por estar "apaixonado" talvez, em certa idade gostar de alguém é engraçado, anos depois não tem graça nenhuma.
Estou debruçado sobre a mesa da cozinha, tentando escrever alguma coisa, não sei porque escrevo, talvez seja o medo de falar, pensei em escrever mais sobre a menina da minha escola, mas acho que levarei esse medo pra vida toda, se trocar a fala pela escrita, sempre, hoje é sexta-feira, na segunda vou falar com ela, já me da aquele friozinho na barriga, ela é mais velha, já deve ter beijado. Eu não passo de uma criança.Já é segunda,são 9 da manhã,tenho que ir para a educação física,odeio,odeio,odeio,repito sempre quando saio de casa e quando chego a escola, o professor Mário faz piadas pelas minhas costas , não sou do tipo atlético e não gosto de esportes, temos correr, dez voltas ao redor do campo, sou o último e estou uma volta atrás, sempre penso que por estar uma volta atrás na corrida ao redor do campo, também estarei uma volta atrás na vida, espero que não seja assim, penso.
As meninas chegaram, sempre meia hora antes, ficam olhando os rapazes que saem sem camisa do campo, eu não posso tirar a minha, tenho vergonha, muita. A menina que citei antes esta lá, mas ela nem olha tanto como as outras, não sei porque.
Desviei o olhar, pois ela acaba de me ver olhando fixamente pra ela, vou correndo até o banheiro, coração a mil, rosto corado. Os meninos entram, aos gritos, gargalhadas, batendo nas paredes, me chamando por nomes que não me pertencem,alguns eu nem sei o que são, a maioria passa por mim no banheiro e deixa a mão sobre a caminha cabeça, um tapa, depois apertam forte, já acostumei, dou risada se fizer o contrário eles me batem com força.
Me acham engraçado, por não jogar futebol e por não fazer todos os exercicios, e menina passou por mim e sorriu, maldita mania de perseguição acho que ela riu de mim e não pra mim.Vou pra casa, nunca mais volto pra essa escola.
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