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domingo, 24 de abril de 2011

três.

 Ainda que me fosse oferecida uma nova vida eu viveria ela inteira pra ti, ainda que eu morresse de amores outra vez, não me arrependeria de nada do que fiz.Mas deixa eu te dizer, eu sei o que você pensa a respeito, mas preferia não saber, mas sabe, se me fosse oferecida uma terceira e última vida, sem pensar duas vezes eu viveria intensamente, pra ti, como nas outras vezes, mas antes de morrer de amor pela terceira vez, desistiria de ti, "vai,pode ir" e caso volte, terei certeza que um dia foi minha, que ao menos um pingo desse amor que leva no teu peito um dia foi meu.Não posso dizer que "amei errado" esse coração não sabe o que faz.Mas uma coisa eu sei, pra viver três vidas por ti, tem que amar demais.As vezes me pego pensando no que poderiamos ter sido juntos, nas loucuras que fiz embalado por esses extremos do coração, ah esse coração...
e nesse jogo de vidas,amores,sentimentos e quedas, o que fica em mim é uma vaga lembrança do teu rosto, uma vaga lembrança da tua voz, uma louca vontade de sentir o teu abraço e algum sentimento que não sei bem o que é, porque tua ausência em si, toma todo o meu peito.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Pensei ser pra sempre, pensei ser infinito, entre tantas palavras, tantos abraços, tantas trocas de carinho, havia a promessa de que nenhum dos dois ficaria só.Eles nunca abandonariam um ao outro.Eu sempre estaria lá , por você, pra te confortar pra te fazer levantar, as vezes que caísse.E você de certa forma também estaria do meu lado, ora me confortando com aquele abraço quente, ora de longe me mandando boa vibrações.Eis o tal destino, que faz os ventos soprarem ao contrário, soprarem forte, nos jogando pra longe, corpo, alma, mente, teu coração. A promessa se desfez e então a grande peça me foi pregada, o que um dia juramos ser infinito, hoje não passa de uma vaga lembrança, que toda a vez me traz o teu rosto, tua voz, teu cheiro, teu abraço. Acreditei um dia que eramos feitos de amor, hoje vejo que fomos feitos de promessas,  promessas, e mais promessas.Todas jogadas pelo chão, todas levadas pelo vento, pela chuva, algumas ainda na memória, sei que na sua também, porque eu sei, e você sabe também, que no fundo há uma luz que nunca se apega.E quem sabe bem lá no fundo entre tantas promessas mortas ainda exista uma que esteja lutando com o que lhe resta de forças como se de seu último suspiro,nascesse uma nova chance pra nós.



-Créditos para foto: http://www.flickr.com/photos/rayanemcastro/

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Um engano entre tantos outros.

Já passava das 3 da manhã,quando ela resolveu ligar.

-Alô!

-' Fala.

- Esta dormindo?

-' Estou acordado, não costumo falar ao telefone quando estou dormindo.

- Como está?

- 'Com sono.

- Hoje comprei aquelas rosas, sabe?aquelas que se espalham.

- 'hm.Qual a cor?

- Vermelhas.

- 'Porque se chamam rosas?se podem ser vermelhas e brancas também.

- Não sei, poderia chamar-se "vermelha", "branca" e ter a cor rosa,tanto faz.Eu gosto assim.

- 'Ligou pra falar sobre as rosas?

- Não, liguei pela saudade.O que esta fazendo?

- 'Agora?falando com você, me diluindo dentro de uma garrafa de conhaque, e assistindo um filme na tv,fala sobre um pessoal americano na faculdade, bebida, sexo, festa, essas besteiras todas iguais que aparecem nesses filmes sabe?

- Sei sim.

-' Mas e tu?Está bem?

- Sim.

-' Ótimo.Parece tensa,quer dizer algo?

- Para de fingir que tudo vai muito bem,sabe que precisamos um do outro.

-' Eu sei, mais não da.

- PORQUE NÃO?

-' Você não quer.

- É que eu não posso, não queria que fosse assim, quero tudo de novo, como antes.

-' Afinal, o que a gente é?

- Um engano.

domingo, 17 de abril de 2011

-Difícil é viver,meio ao tédio.Por deus eu digo,se eu vivesse sozinho já teria morrido cem vezes.Esse tédio me mataria a cada amanhecer,a cada bocejo.Cada vez que meus olhos se fechassem seria uma morte diferente.Dia frio,dia nublado,um dia só,um dia comum,quase trinta sem te ver,ao menos de longe.Sei que está perto,longe,não,eu não sei de mais nada sobre você.Se ao menos soubesse algo sobre mim,seria um bom começo,pra não deixar o fim engolir tudo o que eu chamei de amor.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

E não importa.

O quanto eu queira me afastar de ti,algo mais forte sempre acaba me jogando pra perto.E me faz sentir tudo aquilo outra vez.



*Inacabado.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Diário de Arthur.

Oi.Resolvi escrever esse nesse diário porque não aguento mais essa família,essa gente,essa vida.Não sou anti-social como meu pai diz,não sou maconheiro como a tia Lúcia e a vizinha da esquina comentam por aí.Apenas gosto do sossego,dos livros,do café,da chuva,do frio,da cama,do meu violão,do meu papel e da minha caneta.

9 de dezembro.
Acordei ao meio dia com a mãe batendo forte na porta do meu quarto,aos gritos ela dizia ''SAI DESSA CAMA RAPAZ".Não conseguia abrir os olhos direito,o sono era tanto que eu sonhava meio dormindo meio acordado,na noite anterior havia tomado algumas doses com um pessoal que costumo chamar de "amigos".Nunca tenho grana,sempre me visto do mesmo jeito,se bem que não preciso de grana e nem de roupas caras pra me divertir,eu gosto mesmo é das pequenas coisas,decidi levantar da cama,abri a janela,esfreguei os olhos e sem lavar o rosto e nem escovar os dentes,desci até a cozinha,na mesa estavam,meu pai,minha mãe,uma vizinha escrota que não sai daqui,tal de Eva e a senhora que trabalha com a gente,a dona Júlia,não gosto da palavra "empregada" dona Júlia ja era da família.

- Bom dia Arthur,diz Eva.

Respondo bom dia,sem graça,com a cara amarrada,a vontade que tenho é gritar "porra vai pra tua casa,tu tem uma,não tem,Eva?
Saco,saco,isso já está me tirando a paciência,repito mentalmente umas dez vezes.Almoço servido,perdi a fome,peguei algumas bolachas e um copo de suco,fiquei sentado em frente a tv. A bolacha se quebra antes de chegar na boca,mania da mãe de comprar sempre o mais barato e com péssima qualidade.A Tv só fala de morte,drogas,corrupção,corinthians,flamengo,rubinho e big brother brasil,isso me irrita.Já são 13:40,o sono bate,o tédio pega,vou pro quarto,coloco pra tocar um disco do cazuza,meu idólo entre outros grandes poetas,canto junto,grito,pareço estar bebado,diz meu pai,dona Júlia ri,diz que sou abençoado por estar cantando e sorrindo,que isso faz bem pra alma.ah essa alma,por vezes tentei vender a minha,mas o cara com chifres não me atendeu.
Agora toca "o tempo não para" eu parei de cantar alto,deitei na cama,olhos se fechando,não quero dormir,não agora,olho o relógio 14:25,penso "Caralho de tempo que não passa,o melhor é dormir mesmo".Farei isso,farei agora.(...)

domingo, 10 de abril de 2011


 A gente sente,muito.Mas não aprendeu a sentir,sejamos fortes,pra superar tanta coisa,tanto amor errado,tantas palavras jogadas fora,tantas pessoas que vão embora.Porque todo esse frio?
algo que não fiz?desculpe,eu não aprendi a agradar a todos e não me arrependo disso.Eu aprendi foi,a dizer o que sinto e escutar o contrário.Ah essa vida de coisas contrárias me enlouquece,pensamentos,sentimentos,atitudes,quase tudo.Tudo errado,tudo ao contrário.Distraído ando por aí,com um cigarro entre os dedos,tragando forte sinto a garganta arder,solto a vida pelo ar,deixo ela ir,eu te deixei ir,e você foi.Mas se um dia resolver voltar,ah não,não bata na minha porta.
“Ouça um bom conselho; Que eu lhe dou de graça; Inútil dormir que a dor não passa.”

- Chico Buarque.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Marcos e a loucura.

Era janeiro,fazia um calor infernal,eram 18:35.Todos os dias Marcos esperava Denise duas quadras depois da escola dela,para seguirem juntos até a padaria onde tomavam o sagrado café,o qual os dois não viviam sem,mas hoje foi diferente,Marcos não estava lá,descobrira que Denise havia se envolvido com um ''carinha'' da escola,ela o amor dele.Sempre dizia que nesses 21 anos de vida nunca tinha gostado tanto de alguém,a moça por sua vez,ainda inocente tinha acaba de completar seus 16 anos,dizia gostar dele também,mas não era o que parecia.Nada é como parece.
São 18:50 quando Marcos senta em uma mesa de bar e pede uma dose de conhaque,bar sujo,conservas por todos os lados,o cherio forte do banheiro toma conta do lugar,garrafas quebradas pelo chão e alguns bebados jogando sua vida fora,bebendo sem parar debruçados no balcão.Acende um cigarro,faz sinal pra moça que está do outro lado do bar,não sabia que trazia com ela sua dose.Quando ela se apróxima,fala:
-Seu conhaque,senhor,algo mais?

- 'Gostaria de um cinzeiro,por favor.

-Infelizmente não temos mais cinzeiros,senhor.

-'Tudo bem,obrigado.

- Algo mais,senhor?

-Sim,não me chame de senhor,tenho só 21 anos.

-(Sorri)esta certo,moço,até mais.

Eram 22:00 fumava sem parar,os filtros vermelhos ja tomavam conta da mesa,Marcos seria o ultimo bebado a sair dali.

-Moça,moça.

-Sim,senhor.

-'Já disse pra não me chamar assim.

Em um tom embriagado ele diz:

-' Preciso de mais.

- Você quer outra dose?

-'Não,pode encher o copo.

-Acho que ja bebeu demais.

-'EU PRECISO DE MAIS!. Grita."

-Acho que você precisa se acalmar e conversar,posso ajudar?

-'talvez,gosto de alguém,gosto muito.Não sei o que fazer.

-Já fez promessa?

-'Sim,prometi largar o cigarro o café e o àlcool.

-Eu falo pra algum santo,esse tipo de promessa.

Mal sabia ela que Marcos ja devia uma vela para cada santo,e um pacote inteirinho pro capeta,e de nada adiantou...

domingo, 3 de abril de 2011

Domingo.

Esse não sou eu,nunca gostei de ler,nunca acreditei em deus.
Tenho comprado livros e tenho rezado bastante,pedindo pra esquecer o teu rosto.
Esse é o "eu" que nasceu do meu amor,por ti.